segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Ano de 2007

Roberto em 2007

Certo dia eu resolvi sair de casa sem nada na mala, carregando esperança e meu filho nos braços.
Ilusões mil!
Acreditava que tudo seria mamão com açúcar. Primeiro erro: alugamos uma casa maior que o bolso. Eu e meu irmão Elias. Ele saia para trabalhar e eu ficava com meu filho. A casa era só eco, eu ficava ouvindo a mim mesma. Logo chegava o meu sócio e cuidávamos de montar os projetos para iniciarmos o nosso trabalho.
Depois que me vi morando sozinha fiquei sem saber o que fazer com tamanha liberdade e solidão. Mas, como nessa vida, “O Grande Legislador” nunca me deixou só. Lá estava um cara que seria meu melhor amigo, o meu sócio que por dias ficava sentado na sala daquela casa grande e vazia lendo, lendo, lendo e me observando e eu totalmente perdida em meus devaneios.
Todos os dias eu almoçava em um restaurante, pois não sabia cozinhar, esse era meu martírio. Daí a grana ficou curta e era à hora do pânico, fazer a comida, como?

Lá estava um cara que seria meu melhor amigo, o meu sócio, sentado na sala daquela casa grande e vazia lendo, lendo, lendo...

Ele nada dizia e nem eu. Dizer o quê?
Hora de ir para o fogão, meus olhos lacrimejantes e meu filho a espera daquilo que eu não sabia fazer. Naquele momento eu quis tanto abraçar o cara na minha sala e chorar. Fui á cozinha e fiz a pior comida, que já provei e ainda de quebra ouvi a voz do meu pequenino filho que mal sabia falar dizendo: “ mamãe a sua comida está super horrível, vamos comer em um restaurante?

Peguei a grana curtíssima e fui ao restaurante e comemos felizes. Porém no dia seguinte eu teria que me virar.
Mais tarde em casa...

Lá estava um cara que seria meu melhor amigo, o meu sócio, sentado na sala daquela casa grande e vazia lendo, lendo, lendo...

Olhei para ele e decidi me aproximar e me confessar, ele se propôs a me ensinar a cozinhar e tudo ficou ótimo, nós tornamos grandes amigos e me senti feliz com meu desempenho na cozinha. Em uma das aulas ele me disse: “Elaine na cozinha você deve colocar um pouco de você, reinvente a receita.”

Passei a assistir a Ana Maria Braga e me aventurar na culinária e sempre sob a supervisão de meu amigo. Até que um dia ele, o meu mestre me elogiou e isso foi maravilhoso.
Hoje eu me arrisco e vou para o fogão com alegria e faço comidas e pratos bonitos e gostosos e sempre peço a avaliação do meu querido mestre e amigo Roberto Rodrigues que eu tanto amo.

Detalhe o Roberto me ensinava a cozinhar e nunca comia em minha casa e isso foi me incomodando. Perguntei o porquê dele nunca comer em minha casa. A resposta foi hilária.
- Vergonha.
O obriguei a comer e hoje em dia eu como na casa dele comidas deliciosas e ele na minha.

Roberto a você o meu sempre muito obrigado, se eu não tivesse você por perto eu não sei o que seria de mim.

Você é um daqueles amigos que quanto mais agente conhece mais se aprende, admira e se apaixona.
Obrigada por me suportar, sei que sou de difícil trato, sou uma pessoa difícil, mas você com sua suprema esperança nas pessoas e grande prudência me ensina com seus bons exemplos a ser um pouco melhor.
Aprendo muito com você, continue assim iluminado.
Amo-te muito.

Elaine Rocha.

Gyn, 03 de maio de 2011.
00:35 hs

Roberto em 2011

2 comentários:

  1. que fofo, é sempre lindo perceber que existem pessoas que sabem ser gratas às amizades... e é muito bom ser sua amiga minha querida. Saudade de vc na net e ao vivo .Bjox

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  2. Obrigada, a amizade é um grande bem e que faz bem. Adoro gente cada um em sua particularidade. Gente para mim é um universo belo.

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