domingo, 22 de janeiro de 2012

Meu palco


Se me entrego de corpo e alma no palco,
É porque não há outro amor,
A mim não foi concedido
Amor igual,
Meu orgasmo é sentido quando
Faço rir ou faço chorar
Na ribalta meu coração é
Vendaval, meu corpo
Não me pertence
Sou nua sem nenhuma reserva
Para expor sem medo
As fragilidades, os aleijões da alma
Empresto-me em favor de outrem
Não me importando com o caráter
O que me importa é estar entregue
Aos personagens, sem medo,
Com amor sublime!
Cultuo ao Dionísio esse deus do vinho e do prazer
E me divago nos festivais teatrais em sua honra.
Com momentos prazerosos, com erotismo e até mesmo orgias,
Proponho-me a loucura, a mistificação
E com essência dionisíaca
Recolho-me no inverno para nascer na primavera.
Sou artista, sou alegria e sou tristeza
E posso ser ruína
Dos que menosprezam a
Minha devassidão ofertada.
Meu palco, meu amor!

Autora: Elaine Rocha
22/01/2011 hs 12:15 domingo

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